23 de setembro de 2008

Apenas mais uma de Amor

Nunca pensou que encontraria alguém para desfrutar de sua biblioteca particular em vida. Mas encontrou.
Ela não fazia da mesma forma que ele, para conhecer mais afundo, aprimorar-se. Ela, apenas, queria conhecer.
Curiosidade.
E ele se lembrou de quando era curioso, de quando o novo era mais que belo e o já conhecido ainda era lindo, de quando as letras compunham caminhos de pensamentos e não razão para sustentar sua arrogância.
Ela folheava cada página como se fosse cetim, e corria os olhos sem absorver informação alguma. Era o puro prazer de ter os livros entre as mãos.
Aquilo sim era novo para ele.


Inspirado em um trecho de O Teorema do Papagaio
- obrigada por me deixar perceber como eu pensava pequeno.

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