26 de junho de 2008

No Word




Era o tom de sua voz.
Não havia palavras - elas não importavam.
O problema era o tom de sua voz.
Era o som de sua voz.
Eu te beijei e você aceitou o beijo.
Eu te beijei e você se deixou beijar.
O beijo mais puro que já dei.
Sem emoção.
Sem calor.
Sem você.
O problema era o tom de sua voz - me dizendo enfim.




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Poeminha nascido dentro de ônibus
.
24/06/08

22 de junho de 2008

Os (A)Casos de uma Garotinha

A menina era um anjo
e o anjo virou menina.
Dois seres que se fundiram.
Uma alma que partira.

21 de junho de 2008

parenteses de House


Nessa quinta-feira passou o último episódio da quarta temporada de House. Foi o episódio mais arrepiante que eu ja vi.

Como um ser miserável e infeliz, que fazia pouco caso das outras pessoas e de seus sentimentos, poderia ter feito o que fez? Eu não sei. Talvez o ser humano esteja condicionado a amar.

House fez tudo o que ele pode pelo melhor amigo, Wilson. Mas, agora, tudo volta para House. Como será a quinta temporada que só vira para cá ano que vem? Wilson vai conseguir lembrar que House é seu melhor amigo? Vai conseguir desvincular a morte da namorada da imagem de House? E o caro sarcástico e infeliz médico? Como será sua vida agora, após ter posto a sua própria para dar ao melhor amigo o diagnóstico da namorada em hipotemia induzida?

Até aonde chega uma amizade?

Eu nem preciso dizer que chorei feito um bebê nesse episódio. Wilson me pareceu a coisa mais apertável do mundo e a Amber a mulher mais amável.

E o House chorou.

A Thirteen está doente.
E House chorou.
Entrou em coma. Mas chorou.
A quem não assistiu, assista.

19 de junho de 2008

Lentes (d)e Reflexos.


Olha-me nos olhos.
Você, pode. Eu; deixa. Uma hora você acerta, não se preocupe. A penumbra que limita é aquela que será o único vestígio de luz um dia. Um dia, dois... a eternidade. Tanto de lá para cá quanto de cá para lá. Nos itermediários, nos infinitos limitados.
Olha-me nos olhos.
Você, consegue. Eu, no espelho. A minha dificuldade não pode ser o seu impedimento - e nem seu desafio. Não há isso, nunca haverá. Não se iluda se acha que nada vê, porque você não sabe (o) que tudo vê - e, veja, estou a falar com você. E não há nada para ver a(qu)i.
Olha.
Estou apenas chamando. Não quero que você aprofunde tanto em algo sem pressão. Um lago sem água. Uma alma sem essência. O que você deseja eu não possuo. Nem sombra, nem luz. Somos dois, você não acha?, mas eu vejo só você e acho que somos um. Sua imagem condiz a minha expectativa e parece que tudo em você é mais que real que em mim tudo é.
Você, faz. Eu, permito.
Eu faço. Você, troca.
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Criar vergonha na cara, já ouviu falar?!
Pois é.

17 de junho de 2008

Sem textos. Só inspiração ...


Esse é o suíço Roger Federer. Tenista nº 1 do mundo.
O único a possuir vestimentas da Nike com um F estampado (e em seu tênis também).
Charmoso, tímido e simpático.

Puro Lorde.

Eis o espanhol Rafael Nadal. Tenista nº 2 do mundo.
Não viu graça? Dá ma olhadinha no braço do moço:

22 anos.

Esse é o sérvio Navok Djokovic. 3º no ranking mundial.
Ele é bonitinho, ajeitadinho...
...Super Engraçado
e Xavequeiro.

Só Carisma.

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O Tênis tem feito parte da minha preocupação como eu nunca achei que faria.
Acordei cedo no domingo só para ver o Federer ganhar o pentacampeonato no Torneio de Halle.
Não assiste ao Nadal ganhar no Torneio de Queen's porque não gostei dele ter ganho do Federer em Roland Garros.

A partir de então.

Ele tornou-se um homem perante a sua sociedade construindo seus valores ao redor daqueles que seu mestre lhe mostrava. Era um assíduo participante de suas discussões e até concordava com a revolta do mestre contra os sofistas.
A construção da lógica e dos argumentos, a maiútica como conseqüência mais adiante, tornando-se nome de algo que seria lembrado pelo resto da história. Tudo parecia linha e agulha, costurando e atando partes aparentemente soltas e sem associações.
Mas ele tinha um futuro - um caminho que seu pai traçara desde o dia em que nasceu. Deveria estudar retórica, aprender a arte da oratória e ser um senador da Assembléia, defendendo e articulando os interesses de sua postura social. Deveria agir como um patricius.
E não foi o que aconteceu.
Seu mestre fora condenado à morte por corromper jovens e insultar aos deuses. Seu mestre não tentou fugir. Seu mestre não tentou dissuadir aqueles que o julgavam - e não se deixou influenciar por aqueles que queriam que fugisse.
Seu mestre ficou.
E sorveu de cicuta.

O suficiente para mudar uma mente e fazê-la rebelar-se contra o seu futuro. Alguém morreu por sua filosofia - e ele fora mudado também. Patricius e de físico agradável - além da mente já moldada - foram o suficiente para que ele decidisse continuar aquilo que seu mestre pregou.
Platão decidiu pensar.

13 de junho de 2008

Carta Sem Asas.

Entregaram em tua casa a carta de um juramento de amor eterno. Uma única linha com garranchos bem corridos declarando, sem desvios, que jurava eternamente amar-te por condições possíveis e inexistentes.
E tu, pobre criatura, creditaste em cada letra junta.
Mas amar não é uma carta, não é uma escrita. Tão menos uma carta jogada - abandonada, esquecida, caída - no quintal de tua casa naquela maldita tarde que te deu todos os sonhos que sempre julgaras supéfulos, ilusórios, mediocres. E tu hoje vives numa ilusão. Não sabes qual, não sabes como, apenas que vives, nadas, afundas.
E imerges cada vez que relês a carta, cada vez que depositas tuas inergúmenas esperanças em garranchos estranhos. Tu nem ao menos conheces o remetente e já estás a cair de amores por ele.
Todos os dias estás a sorrir de orelha a outra sem dizeres o por quê. E não precisa; todos já bem sabem o tamanho de teu mundinho criado. E riem. E gargalham - alguns até sentem pena. E isso é o mais perto que terás de algum sentimento nobre.
Ninguém te ama. Ninguém te amou. Não há juramentos, não há verdades para ti. Essa foi a carta que perdeu o rumo em teu quintal, que juropu amores por alguém que nunca saberá o que isso realmente significante.
Tu não és a pessoa que recebe amores.

12 de junho de 2008

Gatos de Cores

Se ele pudesse escolher o que ver, com certeza escolheria aos gatos da esquina. Nao por serem fofos, nao por nunca se ausentarem dali, mas porque sempre saberia que eram branco e preto. Mesmo que a ordem mudasse, mesmo que eles trocassem de cor.
Sempre preto e branco.
A unica certeza que ele possuia dentro de si eram as cores dos gatos. Nao importava o que eram, pois eles possuiam as unicas cores que ele conseguia distinguir. O preto. E o branco. Nenhuma outra, nemhuma qualquer. Todas as outras misturavam-se e nunca o eram em sua essencia. O vermelho era marrom e o marrom nao era vermelho.
Na verdade, tudo era cinza - e isso nao era agradavel. Nada era oq ue parecia ser, nada exalava os tons de cores que ele aprendia na escola. As papoulas nao eram vermelho-alaranjadas e as margaridas nao tinham o miolos amarelos.
Nem no mundo, nem nos sonhos. So os gatos.
Por isso que ele tanto amava o preto e o branco.
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Mais uma para a colecao coisas que deveria ter escrito

OBS: TECLADO DESCONFIGURADO. SEM ACENTOS E AFINS.

7 de junho de 2008

Uma Tarde e Nada Mais.


We are still innocent.


Por quanto tempo ele havia se perguntado por que não tinham dado certo? Quanto tempo ele gastou imaginando como seria tê-la perto de si sem culpa?... Não, ele não sabe. Não contou. Não quis contar - seria desesperador se se atrevesse a descobrir quantos minutos de sua vida gastara com aquela idéia louca.
E então viriam as horas, os dias, meses - e todas as lembranças daquele ano.
Mas ele ri porque foi cético - ou muito crente. Quando todos procuram por sentimentos e repulsam os desejos da carne, ela repulsava os sentimetos e só entendia de luxúria. Foi o pouco caso que fizera dele que o atraiu. Foi a conevrsa, as risadas e o olhar alheio que o fizeram criar coragem para ousar.
Ele não é assim. Mas foi por uma noite - dia, manhã, tarde e noite. E ela continuou fazendo pouco caso, não se imortando, não se aproximando.
Quando todos querem amor, ela ansiava por sensação.
Ele foi apenas uma sensação - e ri ao se lembrar que achou ser amor.

4 de junho de 2008

O QUE ANTES EU NÃO SENTIA


Dor não era exatamente o que ele esperava sentir quando todos partiram. Dor, até aquele momento, era algo que ele achava que conhecia bem - e que agora percebera ser muito maior do que imaginava.

E aquela dor talvez jamais passasse.

Ele sentia dor. Sentia saudade. Falta. E, agora, sentia-se irredutível. Sem amigos, sem namorado, sem família.

Olhou mais uma vez o túmulo do amigo e todas aquelas palavras bonitas que ensaiara se perderam. Nada de obrigado, sentirei sua falta ou descanse em paz.

- Desculpe.

Um vento gelado bateu contra si, mas ele não podia sentir mais nada - sua dor era maior que o externo.

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Você acha que é fácil intensificar um sentimento em poucas palavras? Acha fácil imaginar algo que nunca sentiu? É por isso que o torna brilhante.

3 de junho de 2008

1º do Singular versus 2ª.



Eu deveria adorar-te, deveria venerar-te. Deveria até apenas gostar-te, não consigo. Há um impasse entre o meu querer e o meu dever, um vazio infinito entre o que penso e o que faço. Há uma lacuna - e tu não te encontras nela.
Não somos acessíveis exatamente por tu gastares palavras enquanto eu as resguardo. Tu acreditas ser uma penumbra quando bem sei que és uma luz - bruxuleante, mas o és.
Fraca, opaca... mas ainda o és.
Tu deverias me venerar, deverias pôr-me em um pedestal e ornar-me com flores e cantos. Deve ter-me em seu centro para compreender a tua essência. Egoísmo, meu caro? Não. Alienação. - Não de mim para ti, mas o inverso.
Ou há engano. E quem se engana quando ambos não seguem a receita? Somos dois castos lutando contra a proibição. A proibição? Dever. Tu não queres confessar, e eu ratificar; porém, a gente não se nega.
E a gente não tem mutualidade. E a gente não pode se completar.
Venere-me.