13 de maio de 2015

Tava tão frio que seu nariz já estava todo vermelho. Parada, estática, com as mãos cobertas pelas luvas enfiadas dentro dos bolsos. Você nem queria vir para começo de conversa, mas te convenci ao implantar a ideia de que perturbaria seu sono com ligações e mensagens até que eu fosse embora do show e passaria na frente da sua casa, subiria até a sua varanda e só sossegaria enquanto abrisse a janela e me desse um beijo.
Perturbar seu sono de várias formas até que ficasse enraizado na sua mente o quão mais simples seria aceitar meus convites.
- Tá gostando do show?!
Eu queria rir de você. Nada ali combinava muito com você, mas ali estava, agasalhada até a cabeça, com 3 meias grossas e bota, estática, me odiando um pouco, verdade.
- As duas músicas que eu conhecia já foram tocadas.
Você estava num péssimo humor.
- Quer ir embora?
Me aproximei de você e a envolvi com os meus braços, segurando seu corpo perto ao meu. Você levantou os olhos para mim e me encarou por alguns segundinhos.
- Não. Eu consigo esperar.
E então me sorriu.
E eu sorri, imaginando se você não via a hora daquilo tudo terminar, eu te deixar em casa, talvez ganhar um beijo e poder dormir sossegada, sem quaisquer tipos de interrupção da minha parte.
Te achei ainda mais linda.

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