21 de abril de 2011

Querido (porque é assim que o vejo, como um querido por mim), não há outro meio de começar senão este, chamando-o de querido para amenizar as minhas palavras. Deveria ter amenizado antes, tê-lo almofadado contra a minha grosseiria - e, pior, avisá-lo que foi tudo de caso pensado. Algo aqui dentro agradece por não termos dito aquelas coisas cara à cara, por eu poder ter tido a oportunidade de me esconder e não ter precisado olhar nos seus olhos.
Eu sei mentir muito bem - mas quando não há nenhum envolvimento... e como dizer que não houve envolvimento?! Eu só não quero que isso se repita. Não quero que você seja um alguém propício a me machucar - não quero me machucar; sei que um dia vou, mas agora eu não quero. Há tantas feridas que ainda incomodam... Você sabe disso, você também as tem. Enfim, sei que se tivesse que o encarar, não aguentaria dizer o que tinha ensaiado. Teria abraçado a você e pedido desculpas até convencê-lo de quem errou foi a mim.
(E foi. Você sabe. Eu sei).

Querido, queria apenas que você entendesse que eu, no fim, o machucaria e o decepcionaria de qualquer maneira.
Ao Carinhoso.

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