3 de abril de 2011

"Você tem isso daí agora, isso daí que são os seus olhos e isso daí que é essa imposição toda. O que deu tão errado? Eu fui a sua escolha antes, você me aceitou em meus erros e defeitos e estava disposta a estar comigo - a ser a minha companhia nessa vida louca. O que os anos mudaram em nós? O que os anos fizeram que a levaram para caminhos tão congruentes aos meus? Pessoas tão próximas de mim?!
Escute-me, Anjo. Escute o que meus olhos estão pedindo: me escolha mais uma vez e me assuma. Assuma o que eu sou para você. Assuma o quem eu fui dentro de você. Assuma a mim e a você juntos, na simultaneidade de nossos sentimentos. Assume que é apaixonada por mim, que o estar passou a ser intrínseco ao seu ser e é apaixonada por mim. Assuma por mim o que você já assumiu por outros.
Você tem muito disso daí dentro de você, a assertividade que não a permite mentir num todo - e eu sei que você bem sabe mentir, que as palavras estão ao seu favor. Mas seus olhos... ah!, seus olhos, como bem sei de seus olhos - eles nunca mentem porque possuem a sua alma ali. Você diz tanto com eles que eu me apaixono sempre. Bobagem! Apaixonado por um par de olhos castanhos que se confundem em muitos em suas cores?! Pois é, apaixonado pelos únicos olhos castanhos que se contornam em afirmações e sentimentos, em fúria, ciúme e um pedido de aceitação.
Eu a assumo também. Assumo sua personalidade complicada, sua mania de sermões sobre virtudes e defeitos, seus medos, suas armaduras. Assumo suas asas celestes e sua boca diabólica.
Anjo, eu assumo.
Escolha a mim de novo - e me escolha sempre em que acordar, agradecendo por isso ao dormir."

do Proibido para o Anjo,
da alucinação doentia do Anjo.

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