É como um sonho, mas não destes sonhos idealizados para se realizarem, e sim destes em que se sonha à noite e na manhã seguinte não se lembra mais dos detalhes e nem como tudo começou. Tudo fazia sentido ali, na cama e de olhos fechados, e não agora aqui, acordada e correndo contra o tempo.
Vê-lo ali é assim, um sonho. Caótico, atemporal, desproporcional, confuso. E, às vezes, parece uma alusão àquele antigo sonho de menininha, sendo, então, agora, mais borrado, mais errado. Uma antiga paixão que já não bate mais violentamente contra o peito; abandonada em algum acordar repentino.
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