15 de maio de 2017

(des)encontro marcado

Existe um desejo ruim ao ser expectadora de filmes: a projeção para a vida real às vezes é inevitável (Marvel e DC inclusas), e você também espera por aquele grande momento do roteiro em que as tensões são tantas que você será pulsionado para algo maior. E isso me faz pensar se cada conversa casualmente feita em mesas de almoços (por exemplo) é aquele ponto de mudança em que minha vida precisa para se tomar algumas decisões.
Não quero levantar a validação da expectativa de que a vida seja de alguma forma parecida com um enredo, mas pontuo o fato de, então, dar mais atenção e reflexão acerca das conversas casuais que surgem sem querer. Apesar do meu esforço em me mostrar interessada por aquilo que em nada me chama atenção, o exercício de realmente ter que prestar atenção para conseguir manter minha teimosia intacta e bater firme o pé diante da visão embaçado do outro faz-me ver-me quase inclinada a ceder e imaginar que aquele momento é o meu momento.
As palavras que precisava ouvir para tomar um rumo.
O discurso completo de um raciocínio mais amplo.
Mas, como disse, teimosia intacta em alicerce, penso, reflexiono, e não consigo crer nas minhas próprias vontades.


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