Ambos fugimos, Dominique.
Muitos dizem que você fugiu da família, mas quem o fez fui eu. Eu fugi de lá porque eles me prendiam à carne de James Sirius Potter, quando ao seu lado sou apenas eu, muito mais evoluído, muito mais completo comigo mesmo. E muitos dirão que eu fugi por causa de você e que você me levou a isso, a dar às costas para um mundo, fazendo charme e me fazendo apaixonar por você. Mentira. Você não faz charme. Teddy se apaixonou por você por causa dele, seus cabelos, seus olhos, sua pele sem sardas. Sem Weasley. Eu não sou apaixonado por você, não há sentimento dentro de mim por você. Por quê?!
Porque sou com você.
- O rio brilha diferente daqui de cima.
- Brilha mesmo.
E eu nem falo do rio. Você combina com tudo isso deles, com toda a não-magia, e você se encanta com as leis naturais e sociais deles, com os prédios, com os carros, com os livros antigos escritos em máquinas estranhas. E eu vivo tudo isso agora. Você brilha neste céu noturno, neste ar gelado e condensado que sai de nossas respirações, sob todos os casacos, cachecóis e luvas que está usando. Seus olhos brilham, Dominique querida, brilham nessa névoa ciano deles, nesse vento de loura platinado e enferrujado de seus cabelos, e você fulgura muito mais que um rio de margens escuras à noite, e essas estrelas, e essa luz, e essa Londres.
Talvez seja pelo único plausível motivo de vocês se encaixarem.
- Jammie?!
- Sim?!
Você me sorri e claro que eu a beijo. Você não é de falar, apenas de brilhar e sorrir. E eu de beijá-la e divagar.
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