8 de dezembro de 2011

Sobre pássaros e gados

Cada vez em que você diz a ela que não, nós dois sabemos o que está de fato incluso nisso. O seu não não é negativa para ela (como haveria de ser se tudo nela implica o sim?!), mas é um traço forte de você mesmo, querendo provar a si que pode se negar para tentar não precisar dela e estar bem sozinho.
Você erra ali, quando pensa que o verbo certo é "precisar", como se fosse uma necessidade e única condição para validar a situação. Não é uma relação de simbiose, ela não vai te sugar e você não é menos sem ela. Vocês não morrerão se separados. Muitos são melhores sozinhos, mas é com ela que seu ápice vai ser atingido. O topo do mundo. O todo do tempo. O seu topo como ser humano triangular. Você não precisa. Você é uno.
E ela também.
É apenas mutualismo facultativo onde vocês dois, vivendo juntos, serão ambos beneficiados por essa experiência. Agora eu sei que você não reconhece nada disso que lhe digo - e vai demorar um bom tempo, até a iminência das lágrimas dela escorrerem por aquela face tão límpida e tão fulgurante de tanto que você a machuca, porque ela não entende o que eu vejo.
Ela acredito em que cada não é um não para ela. Ela sim acredita na protocooperação, em que vocês dois são sim o melhor um para outro e trarão benefícios de recíproca qualidade. Ela crê na felicidade em que você a envolve, e ela não o envolve nela também?!
Não diga nãos - ou até mesmo os diga, mas, por favor!, explique a ela que eles não são a contraditória dela, apenas sua; que você quer negar a si próprio para que ela não ache que deva sempre ser o melhor de você.
Ao mesmo tempo em que quer aliviar a pressão dos ombros delas, na sua imbecilidade de achar que isso é responsabilidade, alive os seus também.

Por favor.

ao ver casal brigando na rua.

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