Todos os anos eu escrevi - por que neste eu não iria?! Vou te dizer o motivo: porque me parece que vivi dois anos em um. Minha realidade mudou de uma metade para outra e sinto-me com 18 anos de novo. E eu nem tenho mais 18.
O que exatamente mudou? Não sei. Um ano a mais. E só.
2011 me encontrou em situações não muito boas e nem muito sérias, eram apenas situações corriqueiras de uma menina. E ainda são. 2011 me colocou em situações em que esqueci, colocou-me pessoas que carrego sempre comigo. E como ele vai terminar comigo? Com a notícia de que não vou viajar com a família e com certeza de nada.
31 de dezembro de 2011
12 de dezembro de 2011
8 de dezembro de 2011
Sobre pássaros e gados
Cada vez em que você diz a ela que não, nós dois sabemos o que está de fato incluso nisso. O seu não não é negativa para ela (como haveria de ser se tudo nela implica o sim?!), mas é um traço forte de você mesmo, querendo provar a si que pode se negar para tentar não precisar dela e estar bem sozinho.
Você erra ali, quando pensa que o verbo certo é "precisar", como se fosse uma necessidade e única condição para validar a situação. Não é uma relação de simbiose, ela não vai te sugar e você não é menos sem ela. Vocês não morrerão se separados. Muitos são melhores sozinhos, mas é com ela que seu ápice vai ser atingido. O topo do mundo. O todo do tempo. O seu topo como ser humano triangular. Você não precisa. Você é uno.
E ela também.
É apenas mutualismo facultativo onde vocês dois, vivendo juntos, serão ambos beneficiados por essa experiência. Agora eu sei que você não reconhece nada disso que lhe digo - e vai demorar um bom tempo, até a iminência das lágrimas dela escorrerem por aquela face tão límpida e tão fulgurante de tanto que você a machuca, porque ela não entende o que eu vejo.
Ela acredito em que cada não é um não para ela. Ela sim acredita na protocooperação, em que vocês dois são sim o melhor um para outro e trarão benefícios de recíproca qualidade. Ela crê na felicidade em que você a envolve, e ela não o envolve nela também?!
Não diga nãos - ou até mesmo os diga, mas, por favor!, explique a ela que eles não são a contraditória dela, apenas sua; que você quer negar a si próprio para que ela não ache que deva sempre ser o melhor de você.
Ao mesmo tempo em que quer aliviar a pressão dos ombros delas, na sua imbecilidade de achar que isso é responsabilidade, alive os seus também.
Por favor.
Você erra ali, quando pensa que o verbo certo é "precisar", como se fosse uma necessidade e única condição para validar a situação. Não é uma relação de simbiose, ela não vai te sugar e você não é menos sem ela. Vocês não morrerão se separados. Muitos são melhores sozinhos, mas é com ela que seu ápice vai ser atingido. O topo do mundo. O todo do tempo. O seu topo como ser humano triangular. Você não precisa. Você é uno.
E ela também.
É apenas mutualismo facultativo onde vocês dois, vivendo juntos, serão ambos beneficiados por essa experiência. Agora eu sei que você não reconhece nada disso que lhe digo - e vai demorar um bom tempo, até a iminência das lágrimas dela escorrerem por aquela face tão límpida e tão fulgurante de tanto que você a machuca, porque ela não entende o que eu vejo.
Ela acredito em que cada não é um não para ela. Ela sim acredita na protocooperação, em que vocês dois são sim o melhor um para outro e trarão benefícios de recíproca qualidade. Ela crê na felicidade em que você a envolve, e ela não o envolve nela também?!
Não diga nãos - ou até mesmo os diga, mas, por favor!, explique a ela que eles não são a contraditória dela, apenas sua; que você quer negar a si próprio para que ela não ache que deva sempre ser o melhor de você.
Ao mesmo tempo em que quer aliviar a pressão dos ombros delas, na sua imbecilidade de achar que isso é responsabilidade, alive os seus também.
Por favor.
ao ver casal brigando na rua.
5 de dezembro de 2011
Reason for writing anything.
Sou a personagem dela.
Estou o tempo todo ali dentro dela, relembrando de que é necessário terminar a história depois de encontrar um desfecho descente e apresentável. Eu sou o motivo dela buscar a inspiração entre árvores, poesias, frases, imagens e músicas, dela ficar ali parada pensando em como pôr, em como fazer, em como ser diferente. Sem nenhum mísero clichê.
Ela é a minha escritora e eu preciso me manter viva dentro dela, caso contrário, eu morro. Ela não, ela pode criar outros (como bem sei que tem feito por trás de mim) e ela pode procurar outros meios de vazão (mais eficazes que aqueles que eu lhe dou) e encontrar histórias melhores. Por isso a lembro todo o dia: eu sou a sua melhor personagem.
E ela segue me escrevendo, me moldando, me criando em novos aspectos para me amadurecer, me ver criar, me ver vingar em terras que ela julga secas demais. Esforço-me por ela, para ela não decidir abandonar as minhas páginas e começar outras. Ela já tentou, eu sei, criou bois e homens, criou anjos e diabos, criou vários deles, procurando personalidades que a satisfizessem - que reagissem da mesma forma em que eu reajo.
Mas ninguém será o que eu me tornei para ela - anos e anos sendo o fio que a liga com a imaginação.
Estou o tempo todo ali dentro dela, relembrando de que é necessário terminar a história depois de encontrar um desfecho descente e apresentável. Eu sou o motivo dela buscar a inspiração entre árvores, poesias, frases, imagens e músicas, dela ficar ali parada pensando em como pôr, em como fazer, em como ser diferente. Sem nenhum mísero clichê.
Ela é a minha escritora e eu preciso me manter viva dentro dela, caso contrário, eu morro. Ela não, ela pode criar outros (como bem sei que tem feito por trás de mim) e ela pode procurar outros meios de vazão (mais eficazes que aqueles que eu lhe dou) e encontrar histórias melhores. Por isso a lembro todo o dia: eu sou a sua melhor personagem.
E ela segue me escrevendo, me moldando, me criando em novos aspectos para me amadurecer, me ver criar, me ver vingar em terras que ela julga secas demais. Esforço-me por ela, para ela não decidir abandonar as minhas páginas e começar outras. Ela já tentou, eu sei, criou bois e homens, criou anjos e diabos, criou vários deles, procurando personalidades que a satisfizessem - que reagissem da mesma forma em que eu reajo.
Mas ninguém será o que eu me tornei para ela - anos e anos sendo o fio que a liga com a imaginação.
2 de dezembro de 2011
Cada ser humano tem uma mágoa. Cada um carrega dentro de si um falso perdão, uma palavra dita não-verdadeira, uma significância oposta. Isso é uma mágoa. E mágoas maiores é quando se diz perdoar sem conseguir fazê-lo.
Vejo-o aqui, ao meu lado, posso saber exatamente como contornam seus olhos, dessa verossimilhança de verde e castanho que os meus não possuiram, encarando-me e perguntando o que é, porque não tem tempo para ficar sentado diante de mim quando muitos trabalhos se acumulam agora. Não tenho culpa, e às vezes nem você - mas o medo daqui não é o da pergunta, é o da resposta daí. E se você confirmar?! Onde vou me encaixar?!
Nunca fiz parte de nada em relação a você, mas agora me soa como ferida própria uma possível dor do outro (ou não seja isso realmente; essa desculpa é uma pretensão de compaixão, na verdade, é egoísmo, porque eu acreditava afinco em você). O outro me dói tanto que é meu também. Por que justo você que sempre me aconselhou e chamou-me a atenção para os buracos da vida?! Por que agora o vejo dentro de um e cavando cada vez mais fundo?!
O que deu de tão errado no seu princípio?
Olha-me nos olhos e diga de uma vez. E sim, a resposta vai me fazer julgá-lo. Eu não queria, não é certo - ninguém mundano deveria ser juiz e logo tão menos a mim. Você balança a perna, me chama de louca, de criativida, diz que acredito em tudo o que me dizem e eu explico que o seu comportamento me mostra que não é tão absurdo assim.
O outro me dói, meu caro, porque eu também já confiei e fui traída em mesma instância. Dói-me ainda mais porque, para mim, você era um deus, digno da verdade, da moral e da alma. Você era tão metafísico quanto as possibilidades.
Eu não sei o que você me diz, mas sei que você agora é tão mundano quanto eu - justo você que me parecia tão secular.
Vejo-o aqui, ao meu lado, posso saber exatamente como contornam seus olhos, dessa verossimilhança de verde e castanho que os meus não possuiram, encarando-me e perguntando o que é, porque não tem tempo para ficar sentado diante de mim quando muitos trabalhos se acumulam agora. Não tenho culpa, e às vezes nem você - mas o medo daqui não é o da pergunta, é o da resposta daí. E se você confirmar?! Onde vou me encaixar?!
Nunca fiz parte de nada em relação a você, mas agora me soa como ferida própria uma possível dor do outro (ou não seja isso realmente; essa desculpa é uma pretensão de compaixão, na verdade, é egoísmo, porque eu acreditava afinco em você). O outro me dói tanto que é meu também. Por que justo você que sempre me aconselhou e chamou-me a atenção para os buracos da vida?! Por que agora o vejo dentro de um e cavando cada vez mais fundo?!
O que deu de tão errado no seu princípio?
Olha-me nos olhos e diga de uma vez. E sim, a resposta vai me fazer julgá-lo. Eu não queria, não é certo - ninguém mundano deveria ser juiz e logo tão menos a mim. Você balança a perna, me chama de louca, de criativida, diz que acredito em tudo o que me dizem e eu explico que o seu comportamento me mostra que não é tão absurdo assim.
O outro me dói, meu caro, porque eu também já confiei e fui traída em mesma instância. Dói-me ainda mais porque, para mim, você era um deus, digno da verdade, da moral e da alma. Você era tão metafísico quanto as possibilidades.
Eu não sei o que você me diz, mas sei que você agora é tão mundano quanto eu - justo você que me parecia tão secular.
Assinar:
Postagens (Atom)