13 de junho de 2011

Tenho uma confissão a fazer: estou mentindo.
Não há paixão dentro de mim, não há amores. Não. Perdi todos, mas tenho vergonha de assumir que estou vazia. Não sinto a falta dele(s), quero que a mais nada aconteça entre a gente. Não quero porque me ausentei das reais companhias, criando vínculos com os meus ideais, meus platônicos. Idealizei demais a tudo, eu, eles, vocês, carros, festas, vestidos, livro, jornais, inspiração.
Vivo da minha idealização, e todos vocês estão contidos. Mas sinto em dizer que os meus de vocês são melhores, mais condicentes, mais meus.
É apenas uma confissão a fazer, e você nem vai sentir a ironia no texto inteiro -  a ironia de uma vida inteira.

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