27 de setembro de 2010

i´ve heard someone is falling in love with you

A primeira vez em que se chora de felicidade a gente não esquece - e com ela não foi diferente.
Ao vê-lo ali, parado mediante a multidão, conversando, não teve dúvida: em passos firmes e decisos, caminhou em sua direção e o beijou. Quando se separararam, ela ainda o olhava descrente, como se fosse impossível o fato de ele estar ali realmente. Uma miragem, pensava, não pode ser. Olhá-lo de perto era extasiante; sua boca, seus olhos, pescoço, beijo, cabelo, voz... Se ele poderia ser mais perfeito? Sim. Mais do que antes. Ela o abraçou e sentiu vontade de sorrir, vontade de chorar, vontade de dizer que o amava e queria, do fundo de seu âmago, pedir para que ele nunca mais a deixasse - porque, por mais que ficasse bem, parte de si ficaria com ele para sempre. Mas como podia ficar bem, pensava, quando ali, ao lado dele, abraçada com ele, tudo parecia tão certo, apaziguador e seguro?! A sensação de estar nos braços da única pessoa que poderia fazê-la feliz. A sensação de estar em guerra longe dali. A sensação de estar em paz. Pacificamente feliz.
Quando entrou no banheiro, fechou a porta e chorou. Chorou, chorou, chorou. De soluçar. De não acreditar. De não entender o por que de merecer aquilo. De merecer a presença dele ali. De merecer tamanha felicidade. Estar feliz. Ela estava realmente feliz. Explosivamene feliz. Tudo poderia terminar ali: aniversário, amizades, família, carreira, vida. Tudo. E tudo terminaria bem.


[você me faz escolher você todo dia]
Ela cheira a Tequila. Não é cheiro de alcólatra. Nem cheiro de álcool. É tequila, aquela bebida de pequena dose em que te deixa alucinado sem saber se você é capaz de aguentar mais. E aí você toma mais uma, e outra, outra, com sal, limão, pura, uma noite atrás de outra noite. Você se entorpece. Ebriaga. Só que acaba. Em algum momento simplesmente termina. E você descobre que não pode lidar com mais de uma dose dela, porque ela é demais para você.

Sometimes I see you passing outside my door.

Toda vez em que eu te vejo. Toda vez em que busco um guardanapo por algum restaurante, McDonald´s, lanchonete, sorveteiria ou até mesmo video locadora (sim). Toda vez em que penso cinco vezes no que escrever e não posso mudar nenhuma palavra porque já está tudo escrito ou não tenho outro guardanapo. Toda vez em que... Toda vez em que... Você me faz escolher você. Sempre.

25 de setembro de 2010

hoje é meu aniversário e ele me desejou parabéns.
e a Sam me mandou o cartão mais lindo de todos.

22 de setembro de 2010

Eu não me sinto confortável. Ela é bonita. Ela é inteligente. Faz duas faculdade. Letra e Arquitetura. Que ironia tudo isso. Faz pilates, academia e tem tatoos de estrelinhas. E parece que foi a escolhida, que mexeu mesmo com você. E eu fico insegura. Eu não faço duas faculdades, mal faço uma. Tranquei meu curso de Filosofia para me dedicar ao meus estudos para Arquitetura. Um ano e meio estudando em cursinhos para conseguir isso. Sem academia, uma corrida no parque duas vezes por semana e muito, mas muito carboidrato.
Ela é melhor do que eu. Você encontrou alguém melhor do que a mim. Não quero que você a apresente a ele, porque, daí, ele não vai mais me querer por perto (afinal, nem por perto estamos mais). Ele vai querer alguém como ela, com um corpo bonito, um sorriso bonito e as formas dentro do padrão. Alguém como ela, capaz de conversar sobre literatura, artes, estruturas de edifícios e politicagens.
Por favor, fique você com ela e jamais a apresente a ele.

21 de setembro de 2010

O menor dos meus problemas. E o único problema que eu enxergo claramente é essa mentira que me fez ficar longe de você. Não é a faculdade que eu tranquei e nem o vestibular que não vou passar. Não será o 1 ano e meio que estudarei para tentar pela segunda vez. Não. Não me preocupa o fato de, daqui dois anos, todos estarem formados e eu, talvez, ainda buscando por algo.
Sabe, o que eu mais queria era ser aquelas pessoas cultas, de amplos conhecimentos sobre arte e ópera, filmes, críticas, arquitetura, filosofia, medicina e livros. Com uma casa ampla, clara, arejada e perdida em algum lugar arborizado. Uma mulher segura e forte. Não apenas na casca, mas na essência também.
Eu nasci na época errada, na época em que não há patrocínios para escritores cheios de idéia e nem charme para dores de amor. Todos condenam.
Mas, enfim, o menor deles. De todos eles. De todos tanto que você é o único que eu vejo como.

Eu vou achar um jeito de provar.
eu te escolhi você me escolheu eu sei.

20 de setembro de 2010

Eu tô com sintoma de saudade de você.

Quando eu tô perto de você, algo aqui muda. Você resgata o melhor da minha personalidade, meu lado doce, meu lado carinhoso e sarcasmos e ironias se ocultam. O tom de minha voz, o meu jeito de olhar. A vontade louca de correr só para poder te abraçar. É assim que eu fico, como se as minhas armaduras caíssem pelos meus pés e eu não precisasse mais delas - para quê proteção se nada em você vai me ferir?!
Eu sinto aquele aperto de garganta como se tudo o que te digo fosse mais que verdadeiro, mais que absoluto - como se fosse algo tão certo e verdadeiro que, se disser, estragarei o encanto. Mas eu digo. Digo. Digo. E digo. Porque é sonoramente bonito. Sonoramente Verdadeiro. Semanticamente verdade. Individualmente meu e seu.
Você disperta ou regasta essa minha vontade de abaixar as garras e armas e expôr o lírico daqui de dentro. Você faz tudo isso sem pensar, sem me persuadir. Apenas me deixa indefesa e sentimental. E quando penso no meu ciúme, me corrói, mas eu apenas te digo, apenas falo e você me dá atenção. O medo, aquele velho medo de, um dia, não estar mais no que você vê (porque ciúme não é nada senão exatamente isso), fica para depois, pois, nesse agora, você me vê e eu te doou o que tenho de mais especial: minhas palavras.


Mas agora estamos longe e você nem quer me ouvir. Acredita quase que cegamente nisso e se afasta, não me deixa chegar perto, não me deixa tentar provar o contrário. E isso machuca mais que qualquer ciúme, que qualquer insegurança - mais que qualquer ausência. E como tem ausência... tem tanta falta tua aqui comigo. Em que braços, em quais beijos, em que olhar vou te encontrar senão nos teus?! Como esquecer essa conquista tua que não me deixa não te procurar em cada canto que estou?!
Quando eu tive certeza que já era, que era hora de deixar você me conquistar em plena segurança, te assisti correr para o lado oposto ao meu e não soube direito como proceder. A pessoa mais importante que estava na minha vida estava indo embora sem me dar um beijo de adeus. Sem nem ao menos me dizer o motivo.

É a única cena que vem e fica e permanece e não vai embora.

18 de setembro de 2010

vai fazer dois meses já. sinceramente não sei como estou aguentando. na verdade sei sim. as mensagens furtivas no meio da semana. a pontinha de ciúme que nasce no final dela. as preces. as rezas. a vontade toda que foco nisso. dois meses. dois meses. e tudo terminou por uma mentira, e antes fosse porque eu estava sendo invasiva. tenho tanta falta de você aqui.

17 de setembro de 2010

I need more than your kisses

Ele a olha de longe e sorri. Um sorriso bonito, largo e conhecido. É ainda o mesmo de antes. O mesmo daquela outra época. De quase um ano. Entre eles não houve paixão, não houve amor, não houve sentimento.
Houve apenas tesão.
Química.
Choque de peles.
Ela sabe isso.
Ele sabe disso.
Por isso ele se aproximou.
Caminhou até ela, passou a mão pela cintura e sussurrou um oi em seu ouvido. Sentiu a pele dela arrepiar-se, sentiu seus poros dilatarem-se. Sentiu o encontro de olhares, castanho no castanho. Ela apenas sorri.
Ela gostava de outro, ele sabia. Ela queria a outro, ele sabia. Ela pensava em outro, ele sabia. Ela sentia a ele - e disso ele também sabia. Mas ela se afasta; eles já não podem mais serem vistos juntos. Ela o vê de conversas com outras pessoas, mas não se importa. Ele a olha. Ele quer sentir o arrepio mais uma vez.
Ela bebe o último gole de sua bebida curta, abandona o copo sobre a mesa, passa por ele sem mencionar nada e vai embora.
Ele bebe um gole qualquer de sua bebida qualquer, abandona sobre a mesa, sai sem dizer tchau.
Ela está parada diante do carro, procurando a chave dentro da bolsa. Tão típico dela. Tão dela. E ele não aguenta, se aproxima e enconsta mais uma vez nela. Mais um arrepio. Mais uma faísca. Ela se vira contra ele e ele a beija.

14 de setembro de 2010

US OPEN.

Assim: Rafael Nadal, aos 24 anos, ganhou em todos os pisos e os quatro Grand Slams.
Australian Open.
Roland Garros
Wimbledon
US Open
Apesar de estar um pouquinho calvo, eu ainda gosto dele - mesmo adorando muito mais o meu Lorde Suíço.
Talvez seja o fato de eu ser teimosa, meu bem, e não querer ninguém perto de mim para me dar suporte. Eu quero que eu consiga fazer a tudo isso por mim mesma e, ainda que não seja orgulhosa, a teimosia me deixa sê-la. Viro a sua página com um pouco de mágoa, mas a viro com raiva, quase que força o suficiente para rasgá-la do livro. O livro é meu e você não merece mais estar aqui.

"Pra você guardei o amor que nunca soube dar. O amor que tive e vi sem me deixar. Sentir sem conseguir provar, sem entregar e repartir. Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar."
(Nando Reis, "pra você guardei o amor")

12 de setembro de 2010

entre uma madrugada e outra

Eu simplesmente não entendo.
Não entendo o que acontece com as pessoas quando se deparam comigo. Muitas delas se sentem confortáveis para se abrirem comigo e até mesmo me procurarem por alguns conselhos. Mas eis o ponto: eu não sei dar conselhos. Minhas palavras serão sempre aquelas que ninguém quer ouvir, mas eu só consigo processar essas.
Não entendo o que acontece quando as digo, calma e seriamente, pois as pessoas parecem que entendem e se sentem confortáveis por terem a mim ali perto, para dizer aquilo tudo. Mas eu me desespero, porque em sei eu que aquelas tantas coisas é puro artífico. Ninguém consegue levar a sério. Eu não levo. Só que funciona. E elas me agradecem e me sorriem e dizem que sou uma boa pessoa. Que eu cuido delas.
E aí eu me desespero.
Porque eu cuido delas, digo coisas que elas aceitam e concordam, mas quando eu me desequilibro, nada do que me dizem é o que me conforta. E aí não tem ninguém para cuidar de mim. E aí eu tenho de cuidar de mim mesma e pensar nas palavras que eu não quero ouvir e tentar seguir em frente comigo mesma.
Nunca tem ninguém a minha altura para me levar ao banheiro no meio da balada e me mandar olhar no espelho e potencializar a minha pessoa.
E fazer isso sozinha me mostra o quão autosuficiente eu tento ser.

um quote

"- Você quer um conselho meu, né?! É por isso que veio até aqui, certo?! Então lá vai: vá embora!
- Eu achei que você me receberia melhor_
- Eu te receberia de bom agrado se isso daqui tivesse acontecido há um ano. Mas faz um ano que a gente nem olha um no cara do outro e, de repente, eu me deparo com você, parado na frente da minha casa, sorridente e dizendo que sente falta do meu drama, e na cidade onde estou morando! Você queria um chá?"


Diálogos continuam vindo na minha cabeça e alguns são bem sarcásticos B)

9 de setembro de 2010

Eu queria que, depois de um dia todo de estudos, pudesse sair à noite ao seu encontro e, assim, descontrair a cabeça e rir um pouco. Depois, ficaríamos dentro do carro, conversando mais, ou ambos deitados sobre o capô olhando o céu sem de fato prestar atenção. E, aí, minha cabeça estaria apoiada em seu peito e seu braço me laçaria, só para ficarmos mais juntos.
Queria que depois de uma semana inteira longe um do outro, meu coração viesse à boca de tanta ansiedade em te encontrar, que a gente pudesse andar de mãos dadas pela rua e, num ato inesperado, você me abraçasse...

Eu só queria que você entendesse de uma vez por todas que, para você, eu não consigo mentir.

5 de setembro de 2010

Você não precisava fazer aquilo. Não precisava remexer em todas as dores de uma vez só. Você mesmo disse: todo mundo se divertindo e a gente pensando na vida. Bem, eu penso nela a todo instante. Mas você não precisava. Eu estava fortificada, descrente, longe e bem. E você, no meio de 27.000 pessoas, me achou. Ou eu o atraí até ali, não sei. Você poderia ter ficado ali do meu lado, falando de rodeios, Barretos e o quanto eu sou do contra. Sobre inglês, minha faculdade e o quão eu chamava atenção naquele lugar. Mas você preferiu não ser apenas uma companhia, um amigo, mas o cara por quem eu me apaixonei nesses meses todos e que me pediu para a gente não se visse mais.
Eu tava cumprindo a minha parte. Fiquei distante e não te vi esses dias todos, e você poderia ter cumprindo a sua.


Você é confuso, incoerente e manipulável. Um trouxa, tolo. E só.