20 de abril de 2009

It seems him

Acabei de pegar em mãos Para Além do Bem e do Mal de Nietzschen e acho que ele tinha uma péssima visão das mulheres.
O que é uma mulher, senão uma obra de arte?
Nesse domingo passado, estava eu em um churrasco de aniversário de um amigo, quando começaram, não sei como, a falar sobre duas mulheres se beijando. Disseram que isso era um atrativo para homens e não mulheres, mesmo que nós víssemos a dois homens se beijando.
Na hora eu lembrei do fandom, das meninas escrevendo sobre dois homens se pegando em camas e armários, de irmãos se apaixonando e cedentos pelas bocas um do outro... e eu concluí que aquele cara ao meu lado estava certo.
Não existe atrativo - fetiche - maior que um homem pegando uma mulher de jeito, prensando ela contra a parede e puxando seus cabelos com força para arquear a cabeça e deixar exposto pescoço e colo. E ele beijar aos dois com voracidade, como se lutasse para se manter exatamente no limite da razão e da loucura.
A força masculina imperando, violentamente contrastada, contra a delicadeza feminina.
O corpo feminino é mais bonito, mas, mesmo assim, o do homem... o do homem emana outra coisa. Se o da mulher é sensualidade, charme, o do homem é... é... possessão.
O andar firme, alguma vontade presa ao olhar, ao movimento dos braços ao lado do corpo. A necessidade de ser mais - forte, ágil, esperto. Tudo necessariamente se chocando contra o corpo feminino, com suas formas.

Estou começando a entender os homens gays. O homem é lindo com sua brutalidade escultural. Ainda mais se vieram providos de sorrisos de linha, o olhar baixo, queimando de desejo, a voz rouca ou grave, mãos bonitas... barbas a fazer, ou ralas.

Parei. Isso tudo vai contra a minha independência momentânea. Mas foi bom pensar.

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