1 de junho de 2014

Sobre Arte, Ócio e Afazeres



Desenho você com cada detalhe em perfeição que te faço ganhar forma. Mas sem matéria, sem nada que me possa de fato dizer a respeito de como é ser - isso porque, de certa forma, veja, você é e não é. Não tem matéria, não é ânima, não tem nada para ser móvel. E, mesmo assim, me é tangível o toque e sentir como sendo parte de mim.
Desenhar você a cada noite, em cada olho fechado, é um passatempo rigoroso porque você tem que ser perfeito - o que acaba se tornando assustador quando surge alguma oportunidade para então fazer tudo isso real. Enquanto sonho e mente, posso ter todo seu controle, mas aqui, neste plano da vida, as variáveis não me pertencem e tudo tende a sair de um jeito exatamente diferente daquilo que se imagina.
Passo muito tempo te criando na minha cabeça que toda vez em que algo acontece, abrindo a mim a chance de dar a entrada verídica em você, algo dentro de mim se encolhe e se aperta.
Tudo tende a dar errado no mundo real, Futuro.

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