12 de fevereiro de 2011

Ele quis ter entrado logo em seguida dela e tê-la visto chorar, encolhida, no canto do sofá da sala. Mas achou melhor esperar... esperar que ela não chorasse mais e estivesse apenas com os olhos inchados, o nariz arrebitado avermelhado e o olhar desfocado. Apenas quis esperar pela tranquilidade.
Abriu a porta e viu a tudo que não acontecia. Passou pela sala sem choros, corredor apagado, cozinha inóspita. Chegou ao quarto, adentrou ao recinto devagar e pôde vê-la ali, deitada no limite da cama, coberta pelo edredom florido que ela mesma escolhera. Deitou-se ao seu lado, retirando alguns fios de cabelo dos ombros dela e sentindo o perfume.
- Desculpe. - Sussurrou, e, quando ela se virou para encará-lo, soube que tudo estaria bem.
- Não é mais problema meu.
Ou não.

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