29 de março de 2014

More-na


Tem a menina que um dia aparece sem saber de onde, por onde e na sua frente ela está. E você a olha como se já a conhecesse, como se, em meio a multidão de iguais e diferentes, ela reluzisse diretamente para você. O que pode ser isso?

Resultante de energias de sentido e direção opostas que somadas encurtam a resultante, encurtam a distância, trazem mais concentração de energia para o ponto em comum no meio de ambos. Resultado da vontade utópica dela de querer ser vista; vontade sua de um dia querer ver alguém.

Preencha então seu peito com luz.

Preencha seu peito com a luz dos olhos dela e deixe essa luz propagar-se e disseminar-se para todos os lados. A menina pode te ver como ela sempre te viu entre tantos. Você não a via.

Estenda a mão e agarre. Essa menina então mulher é parceira na mesma ânsia criativa necessidade que te envolve desde quando se assim pensou que deveria ser. Ser o quê?, pergunta agora sem entender. Ser o ponto de congruência de todo um universo de retas paralelas de realidade para um ponto de vista de uma pessoa num ponto de um espaço e tempo.

Agora você tem certeza de que todos os seus eus, em todos os universos, todas as realidades têm a ela. A mesma de qualquer maneira.

A paciência e a espera, tolerância e esmero a trouxeram até aqui neste hoje para você. O seu eu de hoje está pronto para encontrá-la.

Encontre-a.

Segure-a.


Diga.

Foto: Piracicaba, 22-11-13
Isensee e Sá, M.
http://www.flickr.com/photos/forfunfotos/11341016236/in/set-72157638611361056

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