É prepotência e eu sei (o que já é outra prepotência).
Ao parar para pensar na quantidade de coisa que quero saber e entender, me deparo com uma gama enorme de assuntos e llivros que devo ler, assustando-me em mesma instância. Esse sentimento me acomete acho que desde de sempre - ou não - e desde sempre - ou não - vou ali, mentalmente, destrinchando e desfazendo o emaranhado de coisas que são necessárias para, antes de ter qualquer conhecimento "solidificado", se ter uma boa bem solidifcada.
Se eu fosse assim deste tanto esforçada e menos preguiçosa, menos procrastinadora, menos esperando que eu seja inteligente e que tudo dependa apenas daqueles alguns porcentos de criatividade.
Sem mais.
17 de junho de 2013
10 de junho de 2013
Tão de madrugada quanto a linha de pensamento
Gostoso quando nos deparamos com um livro que realmente nos faça querer ler. Foi assim para mim nas primeiras vezes em que li Harry Potter e talvez hoje em dia ainda seja. Mas gostoso mesmo é quando você quer terminar aquela história - não porque ela seja chata, e sim porque você precisa entender como o personagem se completa.
Foi assim com Harry Potter.
E aí que tem esse livro que veio seguido de outros dois que me fez pensar no seminário que tenho de apresentar na quarta sobre a linha de pesquisa de um professor da medicina. Eles costumam escrever Medicina, mas para quem é graduando de um dos cursos que compôem a faculdade de medicina é apenas medicina mesmo, porque nutrição e metabolismo não deveria ser visto com algo subalterno da faculdade.
Que seja.
Meu seminário.
Meu seminário diz respeito a um nutrólogo que tive de me segurar por todos os 15 minutos de entrevista para não perguntar o porque, afinal, de não ter sido nutrição, só que eu não quis passar por aquela velha linha de raciocínio de que a medicina é extremamente fascinante. (Todos os professores nos tratam como se somente a medicina fosse fascinante e que um hospital somente é feito por médicos). E não acho que não seja, mas não quis aprofundar nenhuma escolha passada que pudesse resultar em palavras que não me fizessem sentido - não por ignorância ou arrogância (duas coisas que não possuo), apenas por não conseguir, talvez, entender a real significância delas. E para quem gosta de ler livros e se engajar na história, não entender palavras em seu contexto pode provocar um certo desconforto e noites mal dormidas além de levar a entrevista para um cunho mais semântico.
E por isso não perguntei nada.
O Dr. Professor foi-me muito atencioso, dentro do meu próprio limite de nunca conseguir fazer as perguntas para as respostas que quero saber. Gosto de pessoas que falam sem precisar de um estímulo retórico para que possam desenvolver o discurso - por isso gosto de palestras. Sei que deveria ter me prendido ao fato de que sua linha de pesquisa era (é) deveras muito interessante, afinal, casos extremos do metabolismo são interessantes, mas antes de uma curiosa em biologia, sou uma curiosa comportamental. Atei-me ao fato de como um mero aluno de graduação deveria abordar um professor para uma iniciação científica e, de forma nada surpresa, ele me disse "perca o medo".
O Medo em si já me persegue de outro tempos desde lá do colegial (que foi quando eu percebi isso). Medo e Respeito muito se misturam e andam camuflados. Usei muito a palavra Respeito para o meu professor de História quando na verdade eu tremia mesmo era de Medo dele (claro que minha oratória péssima nunca me permitiu persuadi-lo do contrário - e sua sagacidade somado ao conjunto). Um aluno de graduação tem medo e respeito por um professor, talvez se esquecendo de que um professor já foi um aluno de graduação. E o Dr. Professor me falou sobre agregar, fazer por si só e ser impetuoso. Tudo o que eu nunca consegui somar a minha sonolenta personalidade.
Minha conclusão ao final da entrevista foi "eu não possuo o perfil de um inciante científico do laboratório dele". Talvez a minha falta de habilidade em continuar a entrevista provou isso.
E no final é tudo isso daí mesmo, uma questão de ler e se entreter e querer se completar. O único professor que me chamou a atenção foi aquele outro que ocupava minhas tardes de sexta-feiras, mas nem era no ramo de pesquisa dele - e sim pelo cunho da aula de bioética, o que me resgatou algo que eu acreditei ter perdido em algum canteiro na Unicamp.
Sinto falta da Filosofia. Sinto falta dos livros de História. Sinto falta dos livros de Estórias.
Foi assim com Harry Potter.
E aí que tem esse livro que veio seguido de outros dois que me fez pensar no seminário que tenho de apresentar na quarta sobre a linha de pesquisa de um professor da medicina. Eles costumam escrever Medicina, mas para quem é graduando de um dos cursos que compôem a faculdade de medicina é apenas medicina mesmo, porque nutrição e metabolismo não deveria ser visto com algo subalterno da faculdade.
Que seja.
Meu seminário.
Meu seminário diz respeito a um nutrólogo que tive de me segurar por todos os 15 minutos de entrevista para não perguntar o porque, afinal, de não ter sido nutrição, só que eu não quis passar por aquela velha linha de raciocínio de que a medicina é extremamente fascinante. (Todos os professores nos tratam como se somente a medicina fosse fascinante e que um hospital somente é feito por médicos). E não acho que não seja, mas não quis aprofundar nenhuma escolha passada que pudesse resultar em palavras que não me fizessem sentido - não por ignorância ou arrogância (duas coisas que não possuo), apenas por não conseguir, talvez, entender a real significância delas. E para quem gosta de ler livros e se engajar na história, não entender palavras em seu contexto pode provocar um certo desconforto e noites mal dormidas além de levar a entrevista para um cunho mais semântico.
E por isso não perguntei nada.
O Dr. Professor foi-me muito atencioso, dentro do meu próprio limite de nunca conseguir fazer as perguntas para as respostas que quero saber. Gosto de pessoas que falam sem precisar de um estímulo retórico para que possam desenvolver o discurso - por isso gosto de palestras. Sei que deveria ter me prendido ao fato de que sua linha de pesquisa era (é) deveras muito interessante, afinal, casos extremos do metabolismo são interessantes, mas antes de uma curiosa em biologia, sou uma curiosa comportamental. Atei-me ao fato de como um mero aluno de graduação deveria abordar um professor para uma iniciação científica e, de forma nada surpresa, ele me disse "perca o medo".
O Medo em si já me persegue de outro tempos desde lá do colegial (que foi quando eu percebi isso). Medo e Respeito muito se misturam e andam camuflados. Usei muito a palavra Respeito para o meu professor de História quando na verdade eu tremia mesmo era de Medo dele (claro que minha oratória péssima nunca me permitiu persuadi-lo do contrário - e sua sagacidade somado ao conjunto). Um aluno de graduação tem medo e respeito por um professor, talvez se esquecendo de que um professor já foi um aluno de graduação. E o Dr. Professor me falou sobre agregar, fazer por si só e ser impetuoso. Tudo o que eu nunca consegui somar a minha sonolenta personalidade.
Minha conclusão ao final da entrevista foi "eu não possuo o perfil de um inciante científico do laboratório dele". Talvez a minha falta de habilidade em continuar a entrevista provou isso.
E no final é tudo isso daí mesmo, uma questão de ler e se entreter e querer se completar. O único professor que me chamou a atenção foi aquele outro que ocupava minhas tardes de sexta-feiras, mas nem era no ramo de pesquisa dele - e sim pelo cunho da aula de bioética, o que me resgatou algo que eu acreditei ter perdido em algum canteiro na Unicamp.
Sinto falta da Filosofia. Sinto falta dos livros de História. Sinto falta dos livros de Estórias.
9 de junho de 2013
Só mais uma vez para se ver
Às vezes acho que a Efemeridade nos bate à cara para lembrar-nos que ela existe para qualquer um.
Triste precisar dessas coisas para que haja o resquício de memória de que somos mortais e que a vida passa rápido para qualquer um, mesmo em um piscar de olhos, mesmo num vinte-poucos-anos interrompido. Deus? Acaso? Destino? Merecido? Vai saber. Ninguém na verdade quer saber o motivo, mas a ideia de que seja possível entender isso sem presenciar conforta.
E como conforta.
Triste precisar dessas coisas para que haja o resquício de memória de que somos mortais e que a vida passa rápido para qualquer um, mesmo em um piscar de olhos, mesmo num vinte-poucos-anos interrompido. Deus? Acaso? Destino? Merecido? Vai saber. Ninguém na verdade quer saber o motivo, mas a ideia de que seja possível entender isso sem presenciar conforta.
E como conforta.
6 de junho de 2013
A Culpa não é das Estrelas
Você me deixou muito triste com o meio quase final da sua história. Amores que não são para ser nem deveríam começar, para começo de conversa. Tenho certeza de que voce sabe o quanto doi um amor nao correspondido, mas deve-se doer muito mais um amor totalmente correspondido e que não terminou quando o outro partiu.
Doeu-me perceber que o verdadeiro Desejo de Augustus não foi levar Hazel Grace para Amisterdã; ele fez seu Desejo lá no quarto do hospital em que ela estava desacordada, pedindo um pouco mais de tempo para que ambos se apaixonassem de verdade e vivessem uma história. Amisterdã foi consequencia. E vejo que tudo aconteceu do jeito que aconteceu porque a ordem dos fatores importou no resultado.
E se fossem ambos a querer mais tempo para se apaixonarem? Só que somente ele quem fez o pedido, e este foi concedido. Augustus ganhou seu tempo a mais para amar Hazel. E só. Ele se foi e o amor dela por ele continuou, o que, no fim, ajeitou as pontas para ela e sua família, mas Augustus era um cara legal, simpático e confiante.
E se esse amor nao estivesse fardado a acabar por uma das partes?!
Aceito não. Augustus merecia muito mais tempo e Hazel deveria fazer o mesmo desejo em mesma instancia, para que os tempos se somassem e o dele se estendesse.
Doeu-me perceber que o verdadeiro Desejo de Augustus não foi levar Hazel Grace para Amisterdã; ele fez seu Desejo lá no quarto do hospital em que ela estava desacordada, pedindo um pouco mais de tempo para que ambos se apaixonassem de verdade e vivessem uma história. Amisterdã foi consequencia. E vejo que tudo aconteceu do jeito que aconteceu porque a ordem dos fatores importou no resultado.
E se fossem ambos a querer mais tempo para se apaixonarem? Só que somente ele quem fez o pedido, e este foi concedido. Augustus ganhou seu tempo a mais para amar Hazel. E só. Ele se foi e o amor dela por ele continuou, o que, no fim, ajeitou as pontas para ela e sua família, mas Augustus era um cara legal, simpático e confiante.
E se esse amor nao estivesse fardado a acabar por uma das partes?!
Aceito não. Augustus merecia muito mais tempo e Hazel deveria fazer o mesmo desejo em mesma instancia, para que os tempos se somassem e o dele se estendesse.
Assinar:
Postagens (Atom)