18 de outubro de 2011

Tenho saudades do Sílvio.

De verdade. Apesar do meu interesse, ele fazia com que aula de literatura fosse uma publicidade gostosa, fazendo-me querer muito ler todos os clássicos, saber da vida de todos os autores, entender as fases da literatura, da arte, da história, da filosofia... O Sílvio me instigava a ler todos aqueles livros que eu não queria.

O sarcasmo dele era peculiarmente fantástico, dizendo em linhas claras com a sua fisionomia um pouco caricata por si só que sim!, Bentinho se excitou um o aperto de mão de Sancha. E depois de tanto tempo longe dese período, depois de 3 anos sem ouvir suas ironias, encontrei alguém que me fizesse sentir o mesmo.

Pernambucano, 43 anos, professor de literatura aqui pelas bandas do interior do estado de São Paulo. Não lembro o nome dele, muito diferente e muito rápido ao ser pronunciado pela fala rápida - mas o cara é um gênio. Em toda minha vida, Memórias de um Sargento de Milícia e Capitães da Areia nunca me chamaram a atenção, mas, depois da aula dele... cobiço aos meninos do armazén da praia num anseio de entendê-los, sentir em minha leitura suas faces, seus medos, suas intrigas.

O Professor (aqui sem vínculo nenhum com a obra de Jorge Amado) sabia tudo: história, literatura, sarcasmo e filosofia. Encantei-me. Apaixonei-me - e não entende porque não me entrego de uma vez para as Letras.

E que seja. Meu caminho não vai me bloquear para as minhas ciências humanas.

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