Todos nós temos um plano, e eu bem me lembro de quando tinha vários. Quando escolhi, por conta própria, estudar inglês, quis dar aulas aos 16 anos e ter meu dinheiro até os 18, que seria o momento em que deixaria a casa dos meus pais para viver o wild world da universidade. Formar-me-ia em 4 ou 5 anos, trabalharia, teria meu dinheiro, faria meu mestrado e doutorado fora do país e, se assim me fosse permitido, ficaria fora por todos os anos de minha vida.
Meu plano era me formar em filosofia, consumir todos os livros que pudesse e absorver toda e qualquer tipo de informação, tornar-me uma erudita, falar sobre história da arte, história política, psicologia, economia, música clássica, teatro, livros, teses científicas... Escrever meu livro, tomar café com bolinhos e croissants de chocolate. Inglês, Francês, Italiano, Grego, Latim, Alemão e Espanhol (e, claro, nesse meio tempo eu me casaria com Roger Federer, mas ele já se casou e é pai de 2 coisinhas muitos fofas - então minha aposta atual é o espanhol mesmo :D).
Nos meus planos, eu tenho o que sempre quis: casa bonita, roupas bonitas, cabelo bonito, carro bonito e tudo o mais o que eu quiser, mas, em nenhum momento, consigo projetar um alguém ao meu lado, me acompanhando em cada etapa.
E, hoje, especialmente nesse período conturbardo da minha vida em que descubro que sempre fui inocente e ingênua demais, não possuo plano nenhum.
Sem faculdade.
Sem vontade de estudar para arquitetura.
Sem almejar exatamente a nada, nem mesmo ao intercâmbio.
Eu não tenho nem mesmo um foco para mim como ser humano.
I´m completly lost.
26 de outubro de 2010
23 de outubro de 2010
I´m taking the courage to tell you a decent Good-Bye
Meu querido,
há dias venho pensando em um meio bonito e sincero de te contar o que está acontecendo, mas nem mesmo eu sei ao certo o que isso venha a ser. A distância, o silêncio, as informações... Algo te aflinge e me aflinge mais em não ter a você me contando nada. Quero muito poder te ajudar, esclarecer as dúvidas, pontuar os is que te foram colocados. Sei que as escolhas do meu passado devem pesar aí dentro de você, mas espero, do fundo do meu coração, deste mesmo que bate acelerado ao seu lado, que as minhas escolhas atuais te confortem. Não entendo este medo, receio ou aflição de você nunca contar comigo, como se eu fosse falhar propositalmente contigo. Não, meu querido, eu não vou - não vou largar sua mão no meio do caminho e nem dar as costas e sair correndo à sua frente.
Não, meu querido, eu não vou. Não vou julgar seus pensamentos e nem os seus medos, não vou julgar suas fraquezas e tão menos as fortalezas; simplesmente não vou julgar nada porque a mim não cabe tal atrevimento. A única coisa que eu quero é poder te abraçar em momentos difíceis e tentar te dar as palavras de consolo que esboço à noite, dar um beijo em sua boca e te ver sorrir nos momentos de pura extasia. Só quero que você confie em mim e no mal que não estou disposta a deixar te afetar. O que no antes foi feito e dito, então no passado está preso e perdido - e nada, absolutamente nada, carrego comigo.
Já há muitas vezes em nós em que eu te disse que você é o meu melhor, que me fez crescer e agir com cautela - e talvez este seja o meu maior erro contigo, a cautela, porque passei esse tempo todo na ânsia de ver a você pronunciar palavras de bons tons e sons para não somente os meus ouvidos, mas para o coração. E, na cautela, no receio de te assustar e de te ver partir, deixei passar tudo e esqueci de te contar que não sou feita de aço.
Sinto que não é a mim a quem você quer ao seu lado, que não é minha a sua saudade - dói admitir isso, machuca, porque na mente só se formula uma mesma dúvida "Onde eu errei justo com você?!". Mas qual a resposta para isso?! Talvez a minha ingenuidade em ter-me deixado apaixonar-me por você e a minha sagacidade em notar que você é extremamente encantador.
Disto levo comigo nada de mágoas, nada de feridas, mas sim todos os bons momentos e o quanto cresci ao seu lado. Por uma singela consideração final, obrigada.
há dias venho pensando em um meio bonito e sincero de te contar o que está acontecendo, mas nem mesmo eu sei ao certo o que isso venha a ser. A distância, o silêncio, as informações... Algo te aflinge e me aflinge mais em não ter a você me contando nada. Quero muito poder te ajudar, esclarecer as dúvidas, pontuar os is que te foram colocados. Sei que as escolhas do meu passado devem pesar aí dentro de você, mas espero, do fundo do meu coração, deste mesmo que bate acelerado ao seu lado, que as minhas escolhas atuais te confortem. Não entendo este medo, receio ou aflição de você nunca contar comigo, como se eu fosse falhar propositalmente contigo. Não, meu querido, eu não vou - não vou largar sua mão no meio do caminho e nem dar as costas e sair correndo à sua frente.
Não, meu querido, eu não vou. Não vou julgar seus pensamentos e nem os seus medos, não vou julgar suas fraquezas e tão menos as fortalezas; simplesmente não vou julgar nada porque a mim não cabe tal atrevimento. A única coisa que eu quero é poder te abraçar em momentos difíceis e tentar te dar as palavras de consolo que esboço à noite, dar um beijo em sua boca e te ver sorrir nos momentos de pura extasia. Só quero que você confie em mim e no mal que não estou disposta a deixar te afetar. O que no antes foi feito e dito, então no passado está preso e perdido - e nada, absolutamente nada, carrego comigo.
Já há muitas vezes em nós em que eu te disse que você é o meu melhor, que me fez crescer e agir com cautela - e talvez este seja o meu maior erro contigo, a cautela, porque passei esse tempo todo na ânsia de ver a você pronunciar palavras de bons tons e sons para não somente os meus ouvidos, mas para o coração. E, na cautela, no receio de te assustar e de te ver partir, deixei passar tudo e esqueci de te contar que não sou feita de aço.
Sinto que não é a mim a quem você quer ao seu lado, que não é minha a sua saudade - dói admitir isso, machuca, porque na mente só se formula uma mesma dúvida "Onde eu errei justo com você?!". Mas qual a resposta para isso?! Talvez a minha ingenuidade em ter-me deixado apaixonar-me por você e a minha sagacidade em notar que você é extremamente encantador.
Disto levo comigo nada de mágoas, nada de feridas, mas sim todos os bons momentos e o quanto cresci ao seu lado. Por uma singela consideração final, obrigada.
19 de outubro de 2010
Você vai mesmo embora.
Achei que fosse tudo uma brincadeira, que seu irmão estava brincando comigo quando perguntou se eu tinha passaporte, mas não é. Você vai mesmo embora. E quando for, nós dois vai terminar. E você vai me esquecer, não vai mais me querer - vai me deixar aqui.
Eu não quero que você vá.
Não quero ficar sem você. Seis meses, um ano... tudo é muito tempo.
Por favor, não me deixe.
Achei que fosse tudo uma brincadeira, que seu irmão estava brincando comigo quando perguntou se eu tinha passaporte, mas não é. Você vai mesmo embora. E quando for, nós dois vai terminar. E você vai me esquecer, não vai mais me querer - vai me deixar aqui.
Eu não quero que você vá.
Não quero ficar sem você. Seis meses, um ano... tudo é muito tempo.
Por favor, não me deixe.
16 de outubro de 2010
Nesses 5 anos, devo ter me mudado umas 3 vezes. Absurdamente três vezes. Escolhi a vida agitada na grande capital paulistana para poder me dedicar ao trabalho e ascender rapidamente na empresa, mas ficar na cidade em que não dorme nunca é tão estressante quando aquela vida pacata de interior que eu tinha antes.
Nesses 5 anos, desvenculei-me ao máximo que pude dela. Não assistindo a notícias esportivas, não lendo os livros de que ela gostava e nem me levantando tarde durante os finais de semana. Achei que ela fazia o mesmo e nem mais podia pensar em mim, afinal, sua vida era disciplinada e regrada - porém não foi bem a isso que passou pela minha cabeça quando acordei naquela segunda-feira e fui buscar o jornal na porta do apartamento.
Um envelope com carimbos da alfândega francesa e brasileira, vários celos e um endereço provavelmente de Paris. Olhei para as demais portas vizinhas já crente que aquilo era um engano, quem mandaria algo assim? Uma carta de um outro país. Recolhi para dentro de minha casa e, ao sentar-me no sofá, abri. Havia um bilhete com uma escrita cursiva rápida e passagem para Paris, naquele próximo sábado eu deveria embarcar.
Espero você no aeroporto.
Li e reli aquilo várias vezes. Meu amigo no trabalho me aconselhou a ir. Quem mal há? O pior você já tem, passagens de ida e volta. Se não der nada certo, se não for com você, você pode voltar - e gratuitamente.
E quando eu fui, encontrei-a lá, num dia calmo no aeroporto parissense, segurando um papel com o meu nome e um sorriso no rosto.
Nesses 5 anos ela ascendeu em sua carreira como tenista, deixou aquela cidadezinha de interior para morar numa outra, mas na Suíça, perto de seu padrinho e, hoje, também técnico. E nesses 5 anos sempre soubera onde eu estava e como eu estava. Seria seu último torneio, iria se aposentar devido sua vontade de retornar ao Brasil e as inúmeras lesões que sofrera ao longo dos anos. E queria que eu estivesse ali.
E ela venceu Roland Garros.
Nesses 5 anos, desvenculei-me ao máximo que pude dela. Não assistindo a notícias esportivas, não lendo os livros de que ela gostava e nem me levantando tarde durante os finais de semana. Achei que ela fazia o mesmo e nem mais podia pensar em mim, afinal, sua vida era disciplinada e regrada - porém não foi bem a isso que passou pela minha cabeça quando acordei naquela segunda-feira e fui buscar o jornal na porta do apartamento.
Um envelope com carimbos da alfândega francesa e brasileira, vários celos e um endereço provavelmente de Paris. Olhei para as demais portas vizinhas já crente que aquilo era um engano, quem mandaria algo assim? Uma carta de um outro país. Recolhi para dentro de minha casa e, ao sentar-me no sofá, abri. Havia um bilhete com uma escrita cursiva rápida e passagem para Paris, naquele próximo sábado eu deveria embarcar.
Espero você no aeroporto.
Li e reli aquilo várias vezes. Meu amigo no trabalho me aconselhou a ir. Quem mal há? O pior você já tem, passagens de ida e volta. Se não der nada certo, se não for com você, você pode voltar - e gratuitamente.
E quando eu fui, encontrei-a lá, num dia calmo no aeroporto parissense, segurando um papel com o meu nome e um sorriso no rosto.
Nesses 5 anos ela ascendeu em sua carreira como tenista, deixou aquela cidadezinha de interior para morar numa outra, mas na Suíça, perto de seu padrinho e, hoje, também técnico. E nesses 5 anos sempre soubera onde eu estava e como eu estava. Seria seu último torneio, iria se aposentar devido sua vontade de retornar ao Brasil e as inúmeras lesões que sofrera ao longo dos anos. E queria que eu estivesse ali.
E ela venceu Roland Garros.
14 de outubro de 2010
hey, my dearling,
how have you been?! The years just passed through and I couldn´t see you growing up. But, now, my eyes let me see you´ve been doing it in a great way - and this made me think: you haven´t missed me all this time. It´s okay, you don´t have to cry because of this. I am here now watching you to take the wrong decisions.
You should cry because of this.
how have you been?! The years just passed through and I couldn´t see you growing up. But, now, my eyes let me see you´ve been doing it in a great way - and this made me think: you haven´t missed me all this time. It´s okay, you don´t have to cry because of this. I am here now watching you to take the wrong decisions.
You should cry because of this.
9 de outubro de 2010
But that´s alright because I like the it hurts
A verdade verdadeira é que esta é a primeira vez em que eu não acreditei em você. Sinceramente, a idéia de que você simplesmente decidiu ficar aí em um feriado prolongado não faz nenhum sentido, a não ser ou que tenha muitas festas para serem acontecidas aí ou que você realmente tem de estudar muito.
Ou que você simplesmente mentiu para poder ir sozinho naquela festa-cujo-nome-não-me-vem-à-memória naquela micro-cidade-vulgo-vilarejo com os seus amigos e aquelas meninas cujo nome não sei mas bem reconheço suas caras. Talvez você tenha feito isso porque todas essas informações foram jogadas diante de mim naquele dia e você não possuía nenhuma intenção de me convidar.
O problema é que eu sempre sube que você não me convidaria. Sinceramente, agora, neste agora, eu não consigo criar muitas expectativas - pelo menos discaradamente, como antes. Agora, se não der, tudo bem... só não espere de mim exclusividade, como antes. Eu ainda gosto de você, ainda é você quem está em mim quando acordo e durmo, quem eu amaldiçoo para o vento quando não me dá atenção, mas você não será mais o único - e nem vou mais deixar você atrapalhar aos meus planos.
Você já tem uma vida encaminhada, 22 anos, meia faculdade feita, uma vida fora desta cidadezinha de interior. Eu não tenho a isso tudo. Tenho 20 anos, um terço de faculdade feita e largada, estou tentando batalhar de novo por uma outra, em outra cidade de interior. Minha vida acadêmica estava muito bem até você voltar - por que você voltou?! Você não quer ficar comigo, você não quer me ouvir dizer que é em você que encontro minha serenidade. Você nem ao menos gosta quando eu digo que tenho saudade! - Eu estudava todos os dias, ia às aulas e realmente prestava atenção. Mas aí você apareceu de novo, naquele maldito rodeio, entre 27.000 pessoas, e tudo para mim desandou. Sem vontade para estudar, sem ânimo nem mesmo para passar a semana, naquela maldita ânsia do final de semana chegar para cogitar a possibilidade de te ligar e poder te ver.
Mas eu ainda gosto de você e estou me controlando ao máximo para não te ligar e perguntar se você não está mentindo para mim.
Ou que você simplesmente mentiu para poder ir sozinho naquela festa-cujo-nome-não-me-vem-à-memória naquela micro-cidade-vulgo-vilarejo com os seus amigos e aquelas meninas cujo nome não sei mas bem reconheço suas caras. Talvez você tenha feito isso porque todas essas informações foram jogadas diante de mim naquele dia e você não possuía nenhuma intenção de me convidar.
O problema é que eu sempre sube que você não me convidaria. Sinceramente, agora, neste agora, eu não consigo criar muitas expectativas - pelo menos discaradamente, como antes. Agora, se não der, tudo bem... só não espere de mim exclusividade, como antes. Eu ainda gosto de você, ainda é você quem está em mim quando acordo e durmo, quem eu amaldiçoo para o vento quando não me dá atenção, mas você não será mais o único - e nem vou mais deixar você atrapalhar aos meus planos.
Você já tem uma vida encaminhada, 22 anos, meia faculdade feita, uma vida fora desta cidadezinha de interior. Eu não tenho a isso tudo. Tenho 20 anos, um terço de faculdade feita e largada, estou tentando batalhar de novo por uma outra, em outra cidade de interior. Minha vida acadêmica estava muito bem até você voltar - por que você voltou?! Você não quer ficar comigo, você não quer me ouvir dizer que é em você que encontro minha serenidade. Você nem ao menos gosta quando eu digo que tenho saudade! - Eu estudava todos os dias, ia às aulas e realmente prestava atenção. Mas aí você apareceu de novo, naquele maldito rodeio, entre 27.000 pessoas, e tudo para mim desandou. Sem vontade para estudar, sem ânimo nem mesmo para passar a semana, naquela maldita ânsia do final de semana chegar para cogitar a possibilidade de te ligar e poder te ver.
Mas eu ainda gosto de você e estou me controlando ao máximo para não te ligar e perguntar se você não está mentindo para mim.
6 de outubro de 2010
5 de outubro de 2010
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