18 de maio de 2015

(-1) Beira de piscina

E quando eu percebo tô com a minha mão na sua e quando eu percebo tô ausente desse dia inteiro e quando eu percebo você não fala mais nada e quando eu percebo seu rosto está entre os meus dedos e quando eu percebo sua pele é tão quente para mim e quando eu percebo tô ali. Parado. Olhando. Te partindo. Te apreciando em pedaços. E quando eu percebo tem um coração acelerado que parece pertencer ao meu peito e quer ir de encontro ao seu e quando eu percebo acho que esqueço de respirar e notar se ainda estou acordado, vivo, dormindo. E quando eu percebo a sua boca já está na minha (e a minha já estava na sua há muito antes) e quando eu percebo de fato o que está acontecendo entre a gente... é familiar. Familiar estar tão afoito ao seu lado e familiar é te beijar. Familiar fazer meu corpo e mente relembrarem de como eles reagiam diante de você. E quando percebo você se afasta, olha para abaixo, morde o lábio e meu coração acho que para de vez. Por favor, menina, sorria para mim nesse instante para eu saber que está tudo bem! Pisque duas vezes se gostou, três se foi ousado demais, uma se quiser me esquecer.
Mas você não faz nada.
Me dá um beijo no rosto, levanta com cuidado, arruma a saia do vestido e


me estende a mão.
Qual seu celular?
Onde você mora?
Casa comigo?

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