27 de março de 2015

Da potência de estar com você

Devo dizer que eu odiava a grama, aquele Sol forte na minha cara e aquele monte de bichinho que chegava perto da gente. O pinicar debaixo das minhas costas, as formigas que eram atraídas pela nossa comida e ficar sem sapatos perto de você. Meu cabelo que ficava sujo, minha roupa que ficava cheia de grama, suas costas que ficavam cobertas de lama.
Odiava com todas as forças.
Com toda a leveza dos seus dedos passeando sobre os meus cabelos. Com toda delicadeza do seu respirar debaixo da minha cabeça, com todo o aconchego que você fazia meus olhos se fecharem. Com toda a paz que sua voz me dava, com aquela melodia que a gente cantava, com a sua tácita adimiração em me ver entretida com uma revista que você julgava chata. Com toda atenção que me dava quando eu falava do Francês; com todo calor que me fazia sentir só por me falar, ao pé do ouvido, que eu era demais - por todo o mês.
Com todo o calor que me fazia aquecer mesmo em dias de frio, mesmo em noites quentes, mesmo em tardes amenas.
Devo dizer que te amava com toda a intensidade que você me olhava, com toda a propulsão de correr quando você não mais estivesse ali.
Corri sem nunca olhar para trás.

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