15 de abril de 2014

Classificação: Prioridade¹

Já roí as minhas unhas - e meus dedos doem. Já comi todas as comidas que não devo e as venho comendo por muito tempo. Já falhei comigo mesma algumas sentenças. Já pensei umas duas ou três vezes que a vida pode ser diferente.

Seria mesmo necessário? Se parar para pensar vejo uma constância: o topo e declínio contínuo. É difícil atingir o topo. Deveria ter ficado feliz naquele tempo e não ter desejado algo a mais. O mais está aqui comigo e ele não quer mais me deixar.

Seria mesmo então necessário? Necessário reviver tudo isso como um todo? A gente já passou por isso e entendemos como realmente é, tia... Vai continuar doendo, e dessa vez estamos agarrados numa ínfima esperança de que tudo mude. Não quero reviver isso. Foi doloroso para todos nós, e a saudade ainda é ferida aberta.

Não queria ter outra aberta pelos mesmos motivos, entende? Quero seu sorriso se propagando em positivismo e que isso seja a maior força contrária às células. Que as aniquile! Que as dissolva e que vão embora de nossa família para sempre. Que a senilidade atinja-nos contra o peito de forma fraca e que só a percebamos no final de todo o acúmulo.

Triste ficar adulto. Triste que isso nos venha contra o rosto com perdas. Perda do tempo para o ócio criativo; perda do tempo para atividades prazerosas que requerem paciência; perda do tempo das outras pessoas porque a vida tá acelerando.

Entendemos como seja. Não quero sentir de novo. Nem o acúmulo de absolutamente nada.

¹ referente à classificação de hospital no pa.

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